sábado, 4 de janeiro de 2020

Carta Pessoal - A carta e o índio

Carta Pessoal

carta ou correspondência está entre os mais aplicados na comunicação do cotidiano.
A principal característica desse gênero textual é a existência de um emissor (remetente) e um receptor (destinatário).
Com a tecnologia, a carta passou por um processo de adaptação na forma de transmissão que deixou de ocorrer somente em papel e assumiu o meio eletrônico.
Na atualidade, a forma de transmissão mais utilizada para a carta é o e-mail (electronic-mail - correio eletrônico).
Há três tipos básicos de carta, independente da maneira como será transmitida: a correspondência oficial e a correspondência comercial e a correspondência pessoal.

 A Carta Pessoal

As cartas pessoais não seguem um modelo pronto. Nelas, o texto reflete as intenções do remente ao destinatário. Ainda assim, a coerência textual é recomendável como forma de clareza à mensagem enviada.
Quando enviadas pelo correio físico - em papel – esse tipo de carta exibe no topo a data em que foi escrita (saudação inicial) e o selo da empresa a data do despacho. Essa forma de envio, porém, é pouco utilizada atualmente.
Enviada por e-mail, a carta pessoal já traz no topo a data em detalhes, inclusive o horário de envio. E o corpo do texto é inserido no espaço padrão do programa onde é escrito. Os programas também facilitam o armazenamento da mensagem.

Os elementos da carta pessoal são:
- Cabeçalho (local e data). Exemplo: Quirinópolis, 14 de outubro de 2016.
- Vocativo (saudação inicial). Exemplo: Querido amigo Rafael; Cara Marcela; Querida Mamãe; etc.
- Assunto (mensagem da carta); 
-  Frase cordial de despedida. Exemplo: Com carinho. Carinhosamente; Com amor, etc.
- Assinatura.

Obs.: para que a carta possa ser enviada pelo Correio é necessário ter o endereço completo do destinatário e o número do CEP.
CEP: Código de Endereçamento Postal.

A carta e o índio


    Um fazendeiro incumbiu a um índio, ainda não de todo civilizado que fosse levar dez belas frutas a um amigo. Sobre elas colocou uma carta.
     No caminho o índio teve vontade de comer uma das frutas. E não se conteve: comeu-a!
     Ao receber o presente, o amigo do fazendeiro disse ao índio:
    __ Você comeu uma das frutas?
    __ Eu?
    __ Sim. Está faltando uma.
   __ Como é que o senhor sabe?
    __ Ora, essa! Pela carta.
    O índio não tinha a menor ideia de como a gente pode registrar as ideias pela escrita, e desse modo transmiti-las aos outros.
    Por isso, olhou com admiração a folha de papel que o outro lhe exibia e disse:
  __ Ah! Isso conta o que a gente faz?... Eu não sabia!
     Uma semana depois, o índio foi de novo encarregado de levar um cesto de frutas ao mesmo homem. Levava também uma carta.
     No meio do caminho, pousou a cesta no chão e, pegando na carta, disse:
  __ Deixe estar, bicho mexeriqueiro, contador do que a gente faz! Agora você não há de ver o que vou fazer para contar aos outros!
      Dito isto, sentou-se sobre o envelope. Comeu três das frutas e atirou longe as cascas e os caroços. Então, levantou-se, pôs a carta no lugar e continuou no caminho.
Mas coitado! Mal chega a casa do amigo do fazendeiro, o mesmo lhe pergunta:
  __ Então... estavam boas as frutas?
  __ Não sei, não senhor!
  __ Como, não sabe?... Pois comeu três delas?
Vendo-se apanhado em falta, o índio muito sem jeito, confessou:
__ Comi, sim senhor. O senhor me desculpe... Mas... eu só queria saber como foi que o senhor descobriu...
  __ É boa! Pela carta!
 __ Não pode ser, não senhor! Está brincando comigo, porque desta vez eu me sentei em cima dela e ela não viu nada...
     O homem sorriu daquela simplicidade, e o índio pôs-se a pensar no caso. Embora não compreendendo  tudo perfeitamente começou a perceber que os sinais escritos deviam servir para transmitir um recado.

VIANA, Francisco – adaptação de Altino Martinez. Leitura Teatralizada. São Paulo: Ed. Clássico Científica, p. 67




Interpretação do Texto:
1) O foco narrativo do texto é:
a) (   ) Narrador personagem (1ª pessoa)
b) (X) Narrador observador (3ª pessoa)
c) (   ) Narrador protagonista (1ª pessoa)

2) “E não se conteve: comeu-a!” A que se refere o termo destacado:
a) (   ) à carta
b) (Xa uma das frutas
c) (    ) à gula
d) (    ) à vontade de experimentar as frutas

3) Sobre o texto, quais são as opções corretas
(   ) I- O índio era sagaz e por isso comeu as frutas.
(X) II- O homem entendeu a ingenuidade do índio.
(X) III- O índio estava certo de que, sentando sob a carta, não teria problemas.
(   ) IV – O índio comeu as frutas sabendo que a carta informaria o homem sobre esse fato.

4) Quais são os personagens do texto?
O fazendeiro, o índio e o amigo.

 5) A atitude do índio de comer as frutas ocorreu porque ele:
a) (X) desconhece a função da escrita.
b) (     ) é muito esperto.
c) (     ) é muito guloso.
d) (     ) sente prazer em enganar os outros.

O travessão
 Traço bem maior que o hífen, o travessão costuma ser empregado nas seguintes situações: 1) No discurso direto, para indicar a fala da personagem ou a mudança de interlocutor nos diálogos.
 
Usamos o travessão nos seguintes casos:

1.
 Iniciar a fala de uma personagem:



Exemplo: A menina enfim disse:
__ Mamãe, estou com muita fome!

2. Indicar mudança de interlocutor em um diálogo:
__ Vou estudar para a prova de Matemática.__ Estudarei também, pois preciso de notas altas para ser aprovado.

3. Para enfatizar alguma palavra ou expressão em um texto ou em substituição à vírgula:

a) O filme Frozen: uma aventura congelante __ sucesso de crítica __ foi aclamado como uma das melhores produções de 2014.
b) Cora Coralina  __ escritora goiana __ foi também uma grande doceira.

6. No texto A carta e o índio explique com que finalidade o travessão foi empregado. Exemplifique.


Prática de Escrita
 Proposta de Produção Textual 1
Com a orientação do seu professor escreva uma carta para o índio explicando-lhe qual é a finalidade da carta.

  Proposta de Produção Textual 2
 Com a orientação do seu professor escreva uma carta para um amigo informando-lhe sobre uma viagem que você pretende fazer para a cidade do Rio de Janeiro nas férias de julho. 


Subprojeto PIBID - Curso de Licenciatura em Pedagogia - Universidade Estadual de Goiás (UEG), Câmpus Quirinópolis, Goiás. Fonte: Diário de Campo, 2018 a 2019. PIBID - Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência - CAPES - Brasil.

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