domingo, 26 de fevereiro de 2017

Fábula O Lobo e o Cordeiro




A fábula, o começo de tudo...

A fábula é uma narração breve, cujos personagens são, geralmente, animais, e que contém um ensinamento, uma lição de sabedoria – a moral da história.
As fábulas são uma das mais antigas formas de narrativas; acredita-se que elas nasceram no Oriente, passando, depois, para a Grécia e, de lá, para Roma.
O grego Esopo (VI a. C.) e o latino Fedro (Século I da Era Cristã) são considerados os primeiros grandes fabulistas.
No século XVII, na França, a fábula reviveu sua importância através de La Fontaine. Temos no século atual, no Brasil, em Monteiro Lobato, o grande recriador das fábulas tradicionais, dando-lhes um caráter nacional: é recriação dele a fábula “O lobo e o cordeiro”.

O LOBO E O CORDEIRO

Estava o cordeiro a beber num córrego, quando apareceu um lobo esfaimado, de horrendo aspecto.
— Que desaforo é esse de turvar a água que venho beber? — disse o monstro arreganhando os dentes. — Espere que vou castigar tamanha má criação!...
O cordeirinho, trêmulo de medo respondeu com inocência:
— Como posso turvar a água que o senhor vai beber se ela corre do senhor para mim?
Era verdade aquilo e o lobo atrapalhou-se com a resposta. Mas não deu o rabo a torcer.
— Além disso — inventou ele — sei que você andou falando mal de mim no ano passado.
— Como poderia falar mal do senhor o ano passado, se nasci neste ano?
Novamente confundido pela voz da inocência, o lobo insistiu:
— Se não foi você, foi seu irmão mais velho, o que dá no mesmo.
— Como poderia ser o meu irmão mais velho, se sou filho único?
O lobo, furioso, vendo que com razões claras não convenceria o pobrezinho, veio com uma razão de lobo faminto:
— Pois se não foi seu irmão, foi seu pai ou seu avô!
E — nhoque! — sangrou-o no pescoço.

Moral: Contra a força não há argumentos.

(Monteiro Lobato)
Prática de Leitura e Oralidade

Realizar a leitura dramatizada da fábula “O lobo e o cordeiro”.
Escolha um estudante para ser:
- o narrador;
- o lobo;
- o cordeiro;
Fazer um levantamento dos conhecimentos prévios dos estudantes sobre o que são fábulas e sobre o autor Monteiro Lobato;

Compreensão do Texto
01. Nessa fábula, há dois personagens: o lobo e o cordeiro. Qual é a intenção do lobo?

O que o impede de realizar imediatamente o seu desejo?

02. Para cada acusação do lobo, o cordeiro tem uma defesa. Transcreva do texto a justificativa que ele apresenta para se defender de cada uma dessas acusações:

Acusação feita
Defesa apresentada
“— Que desaforo é esse de turvar a água que venho beber?”

“— Além disso (...) sei que você andou falando mal de mim no ano passado.”

“— Se não foi você, foi seu irmão mais velho, o que dá no mesmo.”


03. Vendo que conseguia vencer o cordeiro “com razões claras”, o lobo “veio com uma razão de lobo faminto”.

Em cada caso, assinale com um (X) a alternativa correta:

a) Entendemos que “razões claras”, são:
(   ) propostas inteligentes
(   ) motivos justos
(   ) leis convincentes

b) Já a “razão de lobo faminto” mostra a superioridade:
(   ) da lógica sobre a força
(   ) da força sobre a lógica
(   ) da lógica sobre a fome

c) A consequência da razão mais forte foi:
(   ) o lobo culpar o pai e o avô do cordeiro
(   ) o cordeiro fugir com um sangramento no pescoço
(   ) o lobo devorar o cordeiro

04. Nas fábulas os animais falam, pensam, têm defeitos e qualidades, enfim, são como pessoas e representam tipos humanos, como o falso, o esperto, o ingênuo, etc.

Com base nos atos e características dos personagens dessa fábula, podemos compor uma imagem de cada um deles e identificar que tipos representam.

a)    Para isso, preencha as lacunas com as características destacadas abaixo, de modo a associá-las ao personagem a que pertencem:

força – fraqueza – ingenuidade – inocência – brutalidade – fragilidade – selvageria – prepotência

Cordeiro
Lobo









b) Agora, com base nas características de um e de outro, diga que tipo humano cada um desses personagens representa:

Lobo:

Cordeiro:

05. As fábulas contêm sempre um ensinamento — a moral da história.

a) Qual é a moral dessa fábula?

b) O que ela ensina?

Prática de Análise da Língua

06. Pesquise no dicionário o significado das seguintes palavras:
a) horrendo:
b) esfaimado:
c) desaforo:
d) turvar:
e) inocência

07. Na fábula o autor optou, em alguns trechos, pelo uso da linguagem coloquial.

- linguagem coloquial ou informal: representada pelas formas de linguagem usadas em situações de informalidade;

- linguagem culta ou formal: representada pelas formas de linguagem usadas em situações formais.

Esta distinção, no entanto, não significa que um nível seja melhor que o outro. Sem dúvida, utilizamos com mais facilidade a linguagem coloquial, até porque a usamos com mais frequência. Contudo, é preciso entender que seu uso não constitui erro. O erro está na inadequação, por exemplo, o emprego de gíria num texto científico, situação em que se espera o emprego da linguagem formal.

a) “Era verdade aquilo e o lobo atrapalhou-se com a resposta. Mas não deu o rabo a torcer.” No trecho em destaque o autor empregou que tipo de linguagem:

(   ) linguagem culta ou formal
(   ) linguagem coloquial ou informal

b) Reescreva o trecho destacado em linguagem culta ou formal. “Era verdade aquilo e o lobo atrapalhou-se com a resposta. Mas não ____________________________________________________.”

08. Indique o tipo de linguagem empregada nas frases a seguir:
(1) Linguagem coloquial ou informal
(2) Linguagem culta ou formal

(  ) Ele ficou de queixo caído ao saber que o filho estava preso.
(  ) Maria era mestra em dar com a língua nos dentes.
(  ) Ele ficou muito admirado com a nota da prova de matemática.
(  ) Ele era famoso por não conseguir guardar segredos.
(  ) Marina falava pelos cotovelos.
(  ) Emília é uma boneca muito tagarela.

Prática de Escrita

Vamos reescrever a fábula ajudando o cordeirinho a enganar o lobo. No final do texto coloque a seguinte moral:

Moral: Contra a força, a esperteza!

Subprojeto PIBID - Curso de Licenciatura em Pedagogia - Universidade Estadual de Goiás (UEG), Câmpus Quirinópolis, Goiás. Fonte: Diário de Campo, 2014 a 2016. PIBID - Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência - CAPES - Brasil.



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