quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Fábula - A formiga e a pomba

Fábula
 A fábula é uma narrativa curta cujos personagens geralmente são animais. Nestas narrativas ocorre um fato interessante: os animais adquirem características humanas, agindo como se fossem pessoas, inclusive em algumas fábulas há trechos em que eles falam. Esta característica é conhecida como personificação. As fábulas discutem vícios e virtudes relacionadas ao comportamento humano, como, por exemplo, a inveja, a preguiça, a competição, a coragem, a inteligência entre outros. Assim, a história apresenta um final surpreendente que nos faz refletir sobre determinadas atitudes do ser humano. Outro aspecto importante da fábula é que ela  sempre apresenta um ensinamento, ou seja, uma lição de moral. 





Vamos ler e interpretar o texto:
A formiga e a pomba
Uma formiga sedenta veio à margem do rio para beber água. Para alcançá-la devia descer por uma folha de grama. Quando assim fazia escorregou e caiu dentro da correnteza. Uma pomba, pousada numa árvore próxima, viu a formiga em perigo. Rapidamente arrancou uma folha da árvore, deixou-a cair no rio, perto da formiga, que pôde subir nela e flutuar até a margem.
Logo que ela alcançou a terra, a formiga viu um caçador de pássaros, que se escondia atrás de uma árvore, com uma rede nas mãos. Vendo que a pomba corria perigo, correu até o caçador e mordeu-lhe o calcanhar. A dor fez o caçador largar a rede e a pomba fugiu para um ramo mais alto.
De lá, ela arrulhou para a formiga:
— Obrigada, querida amiga.   

Moral da história: “UMA BOA AÇÃO SE PAGA COM OUTRA”

Atividades de interpretação do texto:
1. O texto “A formiga e a pomba” começa dizendo “Uma formiga sedenta veio à margem do rio para beber água. Para alcançá-la devia descer por uma folha de grama”. A palavra sublinhada refere-se a  
(A) grama.
(B) água.
(C) folha.
(D) formiga.

2. A formiga se salvou da correnteza porque
(A) o rio parou de correr.
(B) o caçador a tirou de dentro do rio.
(C) caiu um galho de árvore em que ela se apoiou.
(D) ela subiu numa folha de árvore jogada no rio pela pomba.

 3. A formiga viu o caçador preparado para caçar a pomba no momento em que
(A) se debatia na correnteza.
(B) alcançou a terra.
(C) se escondia atrás de uma árvore.
(D) foi presa pela rede do caçador.

4. No início do texto, diz-se que a formiga estava sedenta. Isto significa que a formiga estava com
(A) fome.
(B) frio.
(C) sede.
(D) calor.

5. "Uma boa ação se paga com outra". A frase, escrita entre aspas e em letras maiores que as do texto, indica
(A) a moral da história.
(B) que a história acabou.
(C) a amizade que se formou entre a pomba e a formiga.
(D) que foi o caçador de pássaros quem falou.

6.  De acordo com o texto para alcançar a água a formiga desceu por uma folha de grama e caiu na correnteza. A formiga ao cair na correnteza ficou realmente em perigo? Por quê?

Sim, pois a maioria das formigas não sabem nadar. Durante as inundações elas se salvam se agrupando.

7. A pomba ao ver a formiga em perigo rapidamente arrancou uma folha da árvore e deixou-a cair perto da formiga. A atitude da pomba revela que tipo de sentimento? Dê um exemplo deste tipo de sentimento na vida dos seres humanos.
A solidariedade.
(Resposta pessoal)

8. Apresente duas características do gênero textual “fábula”.
A presença de animais como personagens principais que apresentam características humanas.
Transmite um ensinamento.

Fábula - O Lobo e o Cordeiro

A fábula, o começo de tudo...
A fábula é uma narração breve, cujos personagens são, geralmente, animais, e que contém um ensinamento, uma lição de sabedoria – a moral da história.
As fábulas são uma das mais antigas formas de narrativas; acredita-se que elas nasceram no Oriente, passando, depois, para a Grécia e, de lá, para Roma.
O grego Esopo (VI a. C.) e o latino Fedro (Século I da Era Cristã) são considerados os primeiros grandes fabulistas.
No século XVII, na França, a fábula reviveu sua importância através de La Fontaine. Temos no século XX, no Brasil, em Monteiro Lobato, o grande recriador das fábulas tradicionais, dando-lhes um caráter nacional: é recriação dele a fábula “O lobo e o cordeiro”.






O LOBO E O CORDEIRO
Estava o cordeiro a beber num córrego, quando apareceu um lobo esfaimado, de horrendo aspecto.
— Que desaforo é esse de turvar a água que venho beber? — disse o monstro arreganhando os dentes. — Espere que vou castigar tamanha má criação!...
O cordeirinho, trêmulo de medo respondeu com inocência:
— Como posso turvar a água que o senhor vai beber se ela corre do senhor para mim?
Era verdade aquilo e o lobo atrapalhou-se com a resposta. Mas não deu o rabo a torcer.
— Além disso — inventou ele — sei que você andou falando mal de mim no ano passado.
— Como poderia falar mal do senhor o ano passado, se nasci neste ano?
Novamente confundido pela voz da inocência, o lobo insistiu:
— Se não foi você, foi seu irmão mais velho, o que dá no mesmo.
— Como poderia ser o meu irmão mais velho, se sou filho único?
O lobo, furioso, vendo que com razões claras não convenceria o pobrezinho, veio com uma razão de lobo faminto:
— Pois se não foi seu irmão, foi seu pai ou seu avô!
E — nhoque! — sangrou-o no pescoço.

Moral: Contra a força não há argumentos.

(Monteiro Lobato)
Prática de Leitura e Oralidade

Realizar a leitura dramatizada da fábula “O lobo e o cordeiro”.
Escolha um estudante para ser:
- o narrador;
- o lobo;
- o cordeiro;
Fazer um levantamento dos conhecimentos prévios dos estudantes sobre o que são fábulas e sobre o autor Monteiro Lobato;

COMPREENSÃO DO TEXTO
01. Nesta fábula, há dois personagens: o lobo e o cordeiro. Qual é a intenção do lobo?

O que o impede de realizar imediatamente o seu desejo?

02. Para cada acusação do lobo, o cordeiro tem uma defesa. Transcreva do texto a justificativa que ele apresenta para se defender de cada uma dessas acusações:

Acusação feita
Defesa apresentada
“— Que desaforo é esse de turvar a água que venho beber?”
— Como posso turvar a água que o senhor vai beber se ela corre do senhor para mim?
“— Além disso (...) sei que você andou falando mal de mim no ano passado.”
— Como poderia falar mal do senhor o ano passado, se nasci neste ano?
“— Se não foi você, foi seu irmão mais velho, o que dá no mesmo.”
— Como poderia ser o meu irmão mais velho, se sou filho único?

03. Vendo que não conseguia vencer o cordeiro “com razões claras”, o lobo “veio com uma razão de lobo faminto”.

Em cada caso, assinale com um (X) a alternativa correta:

a) Entendemos que “razões claras”, são:
(  ) propostas inteligentes
(x) motivos justos
(  ) leis convincentes

b) Já a “razão de lobo faminto” mostra a superioridade:
(  ) da lógica sobre a força
(x) da força sobre a lógica
(   ) da lógica sobre a fome

c) A consequência da razão mais forte foi:
(  ) o lobo culpar o pai e o avô do cordeiro
(  ) o cordeiro fugir com um sangramento no pescoço
(x) o lobo devorar o cordeiro

04. Nas fábulas os animais falam, pensam, têm defeitos e qualidades, enfim, são como pessoas e representam tipos humanos, como o falso, o esperto, o ingênuo, etc.

Com base nos atos e características dos personagens desta fábula, podemos compor uma imagem de cada um deles e identificar que tipos representam.

a) Para isso, preencha as lacunas com as características destacadas abaixo, de modo a associá-las ao personagem a que pertencem:
b) 
força – fraqueza – ingenuidade – inocência – brutalidade – fragilidade – selvageria – prepotência

Cordeiro
Lobo
fraqueza
força
ingenuidade
brutalidade
inocência
prepotência
fragilidade
selvageria

b) Agora, com base nas características de um e de outro, diga que tipo humano cada um desses personagens representa:

05. As fábulas contêm sempre um ensinamento — a moral da história.

a) Qual é a moral dessa fábula?
"Contra a força não há argumentos."

b) O que ela ensina?
Ela ensina que os poderosos sempre conseguem derrotar os mais fracos seja por meio de argumentos ou pela força.


Prática de Análise da Língua

06. Pesquise no dicionário o significado das seguintes palavras:
a) horrendo: horrível
b) esfaimado: faminto, esfomeado
c) desaforo: desrespeito, atrevimento
d) turvar: sujar, ensombrar
e) inocência: pureza, ingenuidade

07. Na fábula o autor optou, em alguns trechos, pelo uso da linguagem coloquial.

- linguagem coloquial ou informal: representada pelas formas de linguagem usadas em situações de informalidade;

- linguagem culta ou formal: representada pelas formas de linguagem usadas em situações formais.

Esta distinção, no entanto, não significa que um nível seja melhor que o outro. Sem dúvida, utilizamos com mais facilidade a linguagem coloquial, até porque a usamos com mais frequência. Contudo, é preciso entender que seu uso não constitui erro. O erro está na inadequação, por exemplo, o emprego de gíria num texto científico, situação em que se espera o emprego da linguagem formal.
a) “Era verdade aquilo e o lobo atrapalhou-se com a resposta. Mas não deu o rabo a torcer.” No trecho em destaque o autor empregou que tipo de linguagem:

(  ) linguagem culta ou formal
(X) linguagem coloquial ou informal

b) Reescreva o trecho destacado em linguagem culta ou formal. “Era verdade aquilo e o lobo atrapalhou-se com a resposta. Mas não aceitou que havia sido vencido pelo argumento do cordeiro.

08. Indique o tipo de linguagem empregada nas frases a seguir:
(1) Linguagem coloquial ou informal
(2) Linguagem culta ou formal

(1) Ele ficou de queixo caído ao saber que o filho estava preso.
(1) Maria era mestra em dar com a língua nos dentes.
(2) Ele ficou muito admirado com a nota da prova de matemática.
(2) Ele era famoso por não conseguir guardar segredos.
(1) Marina falava pelos cotovelos.
(2) Emília é uma boneca muito tagarela.

Prática de Escrita

Vamos reescrever a fábula ajudando o cordeirinho a enganar o lobo. No final do texto coloque a seguinte moral:

Moral: Contra a força, a esperteza!

Subprojeto PIBID - Curso de Licenciatura em Pedagogia - Universidade Estadual de Goiás (UEG), Câmpus Quirinópolis, Goiás. Fonte: Diário de Campo, 2014 a 2016. PIBID - Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência - CAPES - Brasil.

Encerramento do Projeto O Sentido do Natal - 2017

Árvore de Natal 


Quirinópolis - PIBID Pedagogia realiza encerramento do Projeto O Sentido do Natal


O Subprojeto PIBID Pedagogia da UEG Quirinópolis realizou nos dias 07 e 08 de dezembro o encerramento do projeto O Sentido do NatalO sentido atribuído ao Natal pela mídia televisiva, infelizmente, não lembra, nem de longe, o verdadeiro sentido desta festa para os povos de religião cristã. O Natal é comemorado no dia 25 de dezembro. Nesta data, todos os cristãos comemoram o nascimento de Jesus. Este projeto foi elaborado para mostrar o verdadeiro sentido do Natal e proporcionar uma reflexão sobre o consumismo praticado tanto por cristãos e não-cristãos durante as comemorações natalinas. A data tem se tornado um pretexto para o comércio e as pessoas estão se esquecendo de que o Natal celebra o nascimento de Jesus de Nazaré, o salvador, que pregava o amor, a solidariedade e a união. Assim, com a realização deste projeto, procuramos mostrar que não são os presentes que fazem as pessoas felizes, mas o amor e a convivência com as pessoas que as amam. Compartilhar é o mais importante. Este projeto foi desenvolvido no Colégio Estadual Presidente Castelo Branco (E.T.I.) e está em sua 3ª edição, as atividades foram realizadas de novembro a dezembro de 2017. O principal objetivo do projeto é resgatar o verdadeiro sentido do Natal e mostrar para as crianças que a figura mais importante dessa data é Jesus Cristo, oportunizando momentos de reflexão sobre o amor, o respeito pelas pessoas e a valorização da convivência familiar e com o próximo.

Decoração Porta

No mês de novembro, as bolsistas apresentaram o projeto para os estudantes com uma breve introdução sobre o verdadeiro sentido do Natal. Mostraram que esta data deve servir para refletir sobre o respeito, o amor ao próximo, a convivência em família e a caridade. Além disso, deve ser utilizada para promover o desenvolvimento artístico, intelectual e cultural das crianças por meio de atividades que envolvam a leitura, a escrita, os jogos, o teatro, a música, o desenho e a dança. Para desenvolver as ações do projeto, durante as reuniões de formação as bolsistas estudaram as características de cada gênero e elaboraram as atividades de leitura e escrita para serem trabalhadas semanalmente no Colégio. Com a turma do 1º Ano os gêneros textuais trabalhados foram contos de fadas e todos os gêneros trabalhados ao longo do ano letivo, no 2º Ano trava-línguas, adivinhas e anúncios, no 3º Ano histórias em quadrinhos e propaganda, no 4º Ano cartas familiares e resumos e no 5º Ano contos literários e júris simulados.

Bolsistas do Pibid - Encerramento do Projeto O Sentido do Natal

Para o encerramento do projeto no dia 07 as bolsistas organizaram um café da manhã para todos os estudantes e funcionários do Colégio e no dia 08 os estudantes fizeram as apresentações culturais e a exposição dos trabalhos. A turma do 1º ano apresentou o coral Noite Feliz, com a direção da bolsista Iuly Silva Barcellos. A turma do 2º Ano apresentou o coral “Bate o sino” com a direção da bolsista Márcia Regina Feitosa Santos. A turma do do 3º Ano apresentou um coral com a músicaUm Feliz Natal, com a direção da bolsista Daline Mariana dos Santos Machado. A turma do 4º ano apresentou um coral com a música Então é Natal com a direção da bolsista Patrícia Rosa Soares. A turma do 5º Ano apresentou um coral com a música “Nasceu Jesus” com a direção das bolsistas Alessandra Silva Costa e Estefane Serafim de Oliveira.

Decoração Porta

Todas as atividades e ações realizadas contaram com o apoio da Supervisora de Área do PIBID, professora Dinamar Martins de Oliveira, dos professores, do grupo gestor do Colégio Estadual Presidente Castelo Branco (E.T.I.) e dos estudantes matriculados de 1º ao 5º Ano. O principal objetivo foi refletir sobre o verdadeiro sentido do Natal. Os estudantes participaram de atividades como a elaboração de cartas e cartões com mensagens natalinas, a decoração do Colégio, a leitura e a interpretação de poemas natalinos e a apresentação de corais com músicas natalinas.


Projeto O Sentido do Natal - Café da Manhã

Projeto O Sentido do Natal - Café da Manhã




Coral Nasceu Jesus - 5º Ano

Coral Então é Natal - 4º Ano

Coral Um Feliz Natal - 3º Ano


Coral Bate o Sino - 2º Ano

Coral Noite Feliz - 1º Ano

Decoração Porta

Estudantes do 2º Ano


Decoração Porta


Árvore de Natal - Origami

Painel com colagem


Exposição de Trabalhos dos Estudantes

Andreia Cristina da Silva. Bolsista Subprojeto PIBID - Curso de Licenciatura em Pedagogia - Universidade Estadual de Goiás (UEG) Câmpus Quirinópolis, Goiás. Fonte: Diário de Campo, 2014 a 2017. PIBID - Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência - CAPES - Brasil. Coordenadora de Área: Andreia Cristina da Silva.


sábado, 21 de outubro de 2017

Conto literário - As Cocadas (Cora Coralina)

O que é um conto?

O conto é um texto narrativo do gênero literário. Ele tem o foco em um fato ou um determinado acontecimento, geralmente é uma ficção, ou seja, é uma história inventada. Os contos são fantasiosos, histórias de faz-de-conta que são, geralmente, contadas para as crianças.
O conto possui um narrador, que é quem conta a história e um enredo, ou seja, a história é dividida em começo, meio e fim.

Existem vários tipos de contos: contos de fadas, contos maravilhosos, contos de ficção cientítica, contos de terror, contos fantásticos, etc.

Características do conto



A principal característica de um conto é o seu tamanho, pois o conto é um texto pequeno, menor que um romance. Porém, mesmo sendo pequeno, ele possui um enredo completo, e até um clímax, que é o momento mais importante da história. No conto a quantidade de personagens é pequena, por isso que é fácil memorizá-lo.

Temos no conto a introdução ou apresentação, o desenvolvimento ou complicação, o clímax e a conclusão ou desfecho.



As Cocadas

Eu devia ter nesse tempo dez anos. Era menina prestimosa e trabalhadeira à moda do tempo. Tinha ajudado a fazer aquela cocada. Tinha areado o tacho de cobre e ralado o coco. Acompanhei rente à fornalha todo o serviço, desde a escumação da calda até a apuração do ponto. Vi quando foi batida e estendida na tábua, vi quando foi cortada em losangos. 
Saiu uma cocada morena, de ponto brando atravessada de paus de canela cheirosa. O coco era gordo, carnudo e leitoso, o doce ficou excelente. Minha prima me deu duas cocadas e guardou tudo mais numa terrina grande, funda e de tampa pesada. Botou no alto da prateleira. 
Duas cocadas só... Eu esperava quatro e comeria de uma assentada oito, dez, mesmo. Dias seguidos namorei aquela terrina, inacessível. De noite, sonhava com as cocadas. De dia as cocadas dançavam pequenas piruetas na minha frente. Sempre eu estava por ali perto, ajudando nas quitandas, esperando, aguando e de olho na terrina. Batia os ovos, segurava gamela, untava as formas, arrumava nas assadeiras, entregava na boca do forno e socava cascas no pesado almofariz de bronze. 
Estávamos nessa lida e minha prima precisou de uma vasilha para bater um pão-de-ló. Tudo ocupado. Entrou na copa e desceu a terrina, botou em cima da mesa, deslembrada do seu conteúdo. Levantou a tampa e só fez: Hiiii...
Apanhou um papel pardo sujo, estendeu no chão, no canto da varanda e despejou de uma vez a terrina.
As cocadas moreninhas, de ponto brando, atravessadas aqui e ali de paus de canela e feitas de coco leitoso e carnudo guardadas ainda mornas e esquecidas, tinham se recoberto de uma penugem cinzenta, macia e aveludada de bolor.
Aí minha prima chamou o cachorro: Trovador... Trovador... e veio o Trovador, um perdigueiro de meu tio, lerdo, preguiçoso, nutrido, abanando a cauda. Farejou os doces sem interesse e passou a lamber, assim de lado, com o maior pouco caso. 
Eu olhando com uma vontade louca de avançar nas cocadas. 
Até hoje, quando me lembro disso, sinto dentro de mim uma revolta – má e dolorida – de não ter enfrentado decidida, resoluta, malcriada e cínica, aqueles adultos negligentes e partilhado das cocadas bolorentas com o cachorro. 


CORALINA, Cora. As cocadas. In: Conto com você – vol.2 – Coleção Literatura em minha Casa, São Paulo, Editora Global, 2003 (PNBE 2003).
Interpretação do texto:

1) O texto As Cocadas pode ser classificado  como:
 (    ) reportagem   (    ) Notícia   (     ) Poema   (  X ) Conto

2) Caracterize o narrador do texto.
No texto a narradora-personagem é uma garota de dez anos de idade, pretismosa e trabalhadeira.

3) No texto o desejo da menina era:
A) Deixar de trabalhar no serviço doméstico.
B)  Aprender a fazer pão-de-ló.
C) Ir brincar no quintal com o cachorro Trovador.
D) Comer muitas cocadas.

4) A narradora-personagem ficou frustrada porque:
A) As cocadas  se queimaram.
B) O cachorro Trovador lambeu as cocadas com o maior pouco caso.
C) A prima lhe deu apenas duas cocadas.
D) O doce havia ficado excelente.

5) No trecho destacado “Até hoje, quando me lembro disso, sinto dentro de mim uma revolta – má e dolorida – de não ter enfrentado decidida, resoluta, malcriada e cínica, aqueles adultos negligentes e partilhado das cocadas bolorentas com o cachorro”, a narradora-personagem revela:
A) Humor.
B) Raiva.
C) Alegria.
D) Dúvida.

6) No trecho “Levantou a tampa e só fez: Hiiii...”, o que causou o espanto na prima foi:
A) O desaparecimento das cocadas.
B) O bolor que havia recoberto as cocadas.
C) O fato de a terrina estar cheia de cocadas.
D) As cocadas estarem cheirosas e apetitosas.

7)  No trecho "Dias seguidos namorei aquela terrina, inacessível", a palavra namorei só não pode ser substituída sem prejuízo de sentido por:
A) Galanteei.
B) Cortejei.
C) Rejeitei.
D) Flertei.

8) Pesquise no dicionário o significado das palavras:
A) prestimosa: prestativa 
B) terrina: vasilha de louça ou metal, geralmente com tampa, em que se servem sopas e caldos; sopeira.
C) almofariz: vaso de metal, ou de pedra, em que se trituram medicamentos, alimentos ou temperos.
D) pão-de-ló: bolo muito fofo e leve, feito de farinha de trigo, ovos e açúcar.
E) bolor: designação comum de fungos que vivem de matérias orgânicas por eles decompostas; mofo.

9) Com base no trecho "Eu devia ter nesse tempo dez anos. Era menina prestimosa e trabalhadeira à moda do tempo", pode-se afirmar que:
A) Era comum as meninas trabalharem no serviço doméstico desde a infância. 
B) Não havia a exploração do trabalho infantil.
C) As crianças não trabalhavam na cozinha porque o ambiente é extremamente perigoso.
D)  Somente os adultos preparavam doces e quitandas.

10)  No trecho "Saiu uma cocada morena, de ponto brando atravessada de paus de canela cheirosa. O coco era gordo, carnudo e leitoso, o doce ficou excelente. Minha prima me deu duas cocadas e guardou tudo mais numa terrina grande, funda e de tampa pesada. Botou no alto da prateleira", faça o que se pede:

A) Transcreva dois adjetivos que foram  atribuídos ao substantivo coco. 
Gordo, carnudo e leitoso.

B) Transcreva dois adjetivos que foram atribuídos ao substantivo cocada.
Morena e cheirosa.

C) Transcreva dois adjetivos que foram atribuídos ao substantivo terrina.
Grande e funda.

D) Pesquise o conceito da classe gramatical adjetivo.
Classe gramatical que qualifica, caracteriza ou classifica, um substantivo, quando localizada ao lado deste.

E) Pesquise o conceito da classe gramatical substantivo.
Classe gramatical com que se atribui nome aos seres, ações, objetos, características, sentimentos, estados.

11) No trecho "Até hoje, quando me lembro disso, sinto dentro de mim uma revolta – má e dolorida – de não ter enfrentado decidida, resoluta, malcriada e cínica, aqueles adultos negligentes e partilhado das cocadas bolorentas com o cachorro", revela que a menina:
A) Teve coragem para enfrentar os adultos.
B) Não teve coragem para enfrentar os adultos.
C) Partilhou as cocadas com o cachorro.
D) Brigou com a prima por causa das cocadas.

Produção Escrita
Produza um conto com o seguinte enredo:
- uma menina ou um menino de dez anos ajudou a mãe a fazer um delicioso bolo de cenoura com calda de chocolate.
- quando finalmente o bolo ficou pronto a mãe o guardou porque estava esperando a visita de uma irmã que ela não via há muitos anos.
- a menina ou o menino ficou com uma vontade enorme de comer o bolo, porém a mãe o guardou no alto de uma prateleira.
- o bolo ficou esquecido por cinco dias, até que finalmente a mãe se lembrou dele. Quando a mãe pega o bolo para servir ele está todo bolorado.
 - a menina ou o menino sentirão muita raiva por não ter experimentado nem um pedacinho do bolo.


Andreia Cristina da Silva. Bolsista Subprojeto PIBID - Curso de Licenciatura em Pedagogia - Universidade Estadual de Goiás (UEG) Câmpus Quirinópolis, Goiás. Fonte: Diário de Campo, 2014 a 2017. PIBID - Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência - CAPES - Brasil.
Coordenadora de Área: Andreia Cristina da Silva.